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Fotos verídicas - fatos reais.
Quantas pessoas passam despercebidas diante de nossos olhos?
Todos os dias depois das 17h lá esta ele.
No inicio nem o percebia, quer dizer, percebia, mas nada demais.
Depois comecei a notá-lo, todos os dias, sempre igual, fazendo sempre a mesma coisa, com os mesmos hábitos.
Da sacada do apartamento comecei a observá-lo instigada; chegava à lancheria (lanchonete para outros estados) e sentava na cadeira que ficava na rua, sempre no mesmo lugar; pedia sempre a mesma cerveja, ou melhor, nem pedia, bastava sentar e o garçom já vinha com a gelada.
Senta, empurra o galheteiro em cima da mesa para o canto, abre o jornal e começa a fumar seu cigarro; e assim por horas fica lá, bebendo cerveja, nunca consegui contar, mas são várias. Se fica bêbado? Não! Ele sai intacto – que inveja!
Quando fica sozinho é por pouco tempo, logo sua mesa se cerca de pessoas e já virá “point” – ele é Pop – o Pop da lancheria. Depois dele só o prefeito.
Quase sempre se ouve muitas gargalhadas, principalmente se é ele que esta falando, dependendo do assunto, às vezes ele nem presta atenção no que as pessoas falam – traga seu cigarro e fica olhando para o nada, com aquele olhar que a gente olha, mas não vê nada...
Circulam diversas mulheres por ali, mas jamais olha para alguma, esteja ela com a roupa que estiver. Se ele é gay? Acho que não! É casado e sua esposa passa na frente da lancheria para ir ao supermercado, e cada vez que ela passa, ele levanta e vai dar-lhe um beijo, nitidamente é um homem apaixonado.
Parece que precisa de tão pouco para ser feliz, o que ele quer mais da vida?
Sua felicidade esta em sua volta: a lancheria que fica do lado do seu prédio, os amigos que se já não estão sentados na lancheria, irão chegar, o cigarro, sua mulher e a cerveja, muita cerveja.
Um dia descobri o nome e o sobrenome dele, mas vou dizer só o nome: seu nome é Brasil – sim, é isto mesmo; não é nenhuma apologia ao país, o nome dele é Brasil mesmo.
O conceito de felicidade que uso em meu dia-a-dia é difícil de explicar num texto como este. A idéia é mais ou menos esta: todos nós temos desejos, ambições e desafios que podem ser definidos como o mundo que você quer abraçar. Ser rico, ser famoso, acabar com a miséria do mundo, casar-se com um príncipe encantado, jogar futebol, e assim por diante. Mas para esse homem chamado Brasil, a felicidade é a busca do desapego ao lado de uma cerveja.
Todos os dias depois das 17h lá esta ele.
No inicio nem o percebia, quer dizer, percebia, mas nada demais.
Depois comecei a notá-lo, todos os dias, sempre igual, fazendo sempre a mesma coisa, com os mesmos hábitos.
Da sacada do apartamento comecei a observá-lo instigada; chegava à lancheria (lanchonete para outros estados) e sentava na cadeira que ficava na rua, sempre no mesmo lugar; pedia sempre a mesma cerveja, ou melhor, nem pedia, bastava sentar e o garçom já vinha com a gelada.
Senta, empurra o galheteiro em cima da mesa para o canto, abre o jornal e começa a fumar seu cigarro; e assim por horas fica lá, bebendo cerveja, nunca consegui contar, mas são várias. Se fica bêbado? Não! Ele sai intacto – que inveja!
Quando fica sozinho é por pouco tempo, logo sua mesa se cerca de pessoas e já virá “point” – ele é Pop – o Pop da lancheria. Depois dele só o prefeito.
Quase sempre se ouve muitas gargalhadas, principalmente se é ele que esta falando, dependendo do assunto, às vezes ele nem presta atenção no que as pessoas falam – traga seu cigarro e fica olhando para o nada, com aquele olhar que a gente olha, mas não vê nada...
Circulam diversas mulheres por ali, mas jamais olha para alguma, esteja ela com a roupa que estiver. Se ele é gay? Acho que não! É casado e sua esposa passa na frente da lancheria para ir ao supermercado, e cada vez que ela passa, ele levanta e vai dar-lhe um beijo, nitidamente é um homem apaixonado.
Parece que precisa de tão pouco para ser feliz, o que ele quer mais da vida?
Sua felicidade esta em sua volta: a lancheria que fica do lado do seu prédio, os amigos que se já não estão sentados na lancheria, irão chegar, o cigarro, sua mulher e a cerveja, muita cerveja.
Um dia descobri o nome e o sobrenome dele, mas vou dizer só o nome: seu nome é Brasil – sim, é isto mesmo; não é nenhuma apologia ao país, o nome dele é Brasil mesmo.
O conceito de felicidade que uso em meu dia-a-dia é difícil de explicar num texto como este. A idéia é mais ou menos esta: todos nós temos desejos, ambições e desafios que podem ser definidos como o mundo que você quer abraçar. Ser rico, ser famoso, acabar com a miséria do mundo, casar-se com um príncipe encantado, jogar futebol, e assim por diante. Mas para esse homem chamado Brasil, a felicidade é a busca do desapego ao lado de uma cerveja.
Feliz 2008 à todos!
Que sua felicidade seja possível...
_________________________hoje e sempre.
_____________________________________E é isso...
______________________________________________simplesmente.
Beijos!
14 Comente Aqui:
Adoro estes textos que tu escreves,transforma o trivial em literatura.
Este é o cara,lição de vida.
Sempre aqui,sempre!
MARAVILHOSO!MARAVILHOSA!
Bi,sei que tu ficou chateada por achar que não conseguiu descrever tudo o que queria na história do Brasil ou Cervejeiro como o chama carinhosamente.
Conheço esta história de ouvir tu falares e posso te dizer,ARREBENTOU!
Bjxx
é por aí. se não me engano, o velho buk uma vez escreveu que felicidade é ter sucesso seja lá no que for.
abraço, Bianca.
E somos tão felizes quanto nosso espectro...
Lembrou-me os ilhéus da Madeira... inspiração para outro texto...
Beijos...
Matou a pau!
PARABÉNS!
Deus!!!
Bianca, felicidade é isso ai mesmo, está nas coisas simples. Bjao e um brinde!
Bem, acho que eu mesmo poderia me chamar Brasil também, só que sem beber com alguma experiencia de vida e quanto a não olhar para as mulheres bonitas impossível.
Estamos aí no front...
Linda crônica! Quanto ao Brasil ser feliz ou não com sua vida rotineira, isso é insondável...
A felicidade está na simplicidade.
É como se impusessem uma lei onde as pessoas são obrigadas a serem felizes, muitos não entendem como um cara desses pode ser feliz com esta vida.Eu já diria que é um exemplo de vida, ou porque não dizer, de saber ser feliz.
Embora tu insista em dizer que não és escritora, eu afirmo, sim, tu és uma grande escritora.
Grande beijo.
o Brasil gosta das coisas simples da vida. que tal parender com o exemplo dele?
Um beijo e feliz recomeço - porque, depois do ano novo, alguma coisa sempre muda, não é?
*aprender.
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